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Entrevista Motivacional e Mensagens de texto como suporte para cessação tabágica após alta hospitalar
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Dados do projeto:
Projeto: Entrevista Motivacional e Mensagens de texto como suporte para cessação tabágica após alta hospitalar
Orientador: ISABEL CRISTINA GONCALVES LEITE
Bolsistas:
RAFAELA DE OLIVEIRA ANDRADE.ISABELLA OLIVEIRA LANZIERI
Colaboradores:
LÍGIA MENEZES DO AMARAL.ERICA CRUVINEL.MÔNICA SOUZA DOS SANTOS.ÂNGELA CAROLINE DIAS ALBINO DESTRO DE MACÊDO
Área: CIENCIAS DA SAUDE
Subárea: SAÚDE COLETIVA
Resumo do trabalho: Introdução: O tabagismo é a principal causa evitável de morbimortalidade. Portanto, tratamentos para cessação baseados em evidência precisam ser disponibilizados. A hospitalização é um momento oportuno para abordagem do tabagista. Contudo, o acompanhamento no pós-alta tem sido um desafio. Objetivo: Avaliar a eficácia da abordagem por mensagem de texto no acompanhamento pós-alta do paciente tabagista para a promoção da cessação. Métodos: O ensaio clínico randomizado foi realizado no Hospital Universitário - HU-UFJF. Os tabagistas receberam duas sessões de aconselhamento utilizando-se técnicas de entrevista motivacional, além de terapia com reposição de nicotina. Quatrocentos pacientes foram randomizados em dois grupos. Ao grupo intervenção - GI (N=200) foram enviadas de 14 a 30 mensagens de texto após a alta, definidas de acordo com o grau de motivação, autoeficácia e barreiras relatadas durante as sessões de aconselhamentos. O grupo controle - CP (N = 200) recebeu as intervenções baseadas no cuidado padrão do HU-UFJF, que consiste em aconselhamento telefônico com uma ligação semanal por 4 semanas. O desfecho primário foi a abstinência auto relatada nos últimos 7 dias um mês após a alta (follow-up de 30 dias). Os desfechos secundários foram: abstinência contínua (abstinência desde a alta) no follow-up de 30 dias, abstinência nos últimos 7 dias e abstinência contínua no follow-up de 90 dias. Uma comparação de custos das intervenções foi realizada. Resultados: A abstinência nos últimos 7 dias um mês após a alta não diferiu entre os dois grupos (30,5% no GI e 26% no CP, p = 0,318). A abstinência contínua foi relatada por 26% dos participantes no GI em 24,5% dos participantes do CP (p = 0,730). No follow-up de 90 dias, a abstinência nos últimos 7 dias foi de 23% no GI e 27% no CP (p = 0,356). Abstinência contínua foi de 20% no GI e 24% no CP (p = 0,334). Os custos foram significativamente menores no GI (custo por participante abstinente no desfecho primário: R$ 37,87 X R$ 79,34, p MENOR 0,001). Conclusão: A abordagem por mensagens de texto foi tão eficaz quanto a abordagem padrão na promoção da cessação, porém com custo menores. Esta alternativa é promissora para países em desenvolvimento como o Brasil.